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domingo, 9 de novembro de 2008


Em relação aos estigmas linguisticos, vários estudiosos contemporaneos julgam que a forma como olhamos o "erro" traz implicações para o ensino de lingua. A esse respeito leia a seguinte passagem, adaptada da fala de uma alfabetizadora de adultos, da zona rural:

"Apresentei-lhes a familia do ti. Ta, té, ti, to, tu.
De posse desses fragmentos, pedi-lhes que formassem palavras, combinando-os de forma a encontrar nomes de pessoas ou objetos com significação conhecida. Lá vieram totó, tito, tatu e, claro, em meio à grande alegria de pela primeira vez escrever algo, uma das mulheres me exibiu triunfante a palavra teto. Emocionei-me e aplaudi sua conquista e convidei-a a ler para todos.
Sem nenhum constrangimento, vitoriosa, anunciou em alto e bom som: teto é aquela doença ruim que dá quando a gente tem um machucado e nao cuida direito."

O uso de teto em lugar de tétano não deve ser considerado desconhecimento da lingua porque esse uso revela a gramática interna da aula.

Agora, tem gente por ai que nao entende NADA do assunto e sai por ai julgando os outros. tsc tsc.

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