Meu ar, meu chão é você
Mesmo quando fecho os olhos
Posso te ver
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me traz o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas, minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci o meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
[radio de laranjeiras, sofá e estação globo, minha casa pelo msn] ;~
agora eu lembro.
sábado, 31 de janeiro de 2009
Postado por Lari às 09:17 0 comentários
terça-feira, 27 de janeiro de 2009
Desde sempre eu fui a florzinha.
A chorona da sala, a intocada, a bailarinazinha dos cachinhos dourados.
Uma vez quando eu tinha 13 anos, tinha o vitória pop rock e eu queria ir, ai todo mundo dizia que eu nao devia ir, porque eu era uma flor e esse tipo de lugar não era pra mim.
Ai uns meses depois eu fui num show de graça no shopping vitória. E eu era uma criançinha, e eu achei meio horrivel tudo.
E ai eu cresci com esse esteriótipo todo, mas eu sempre fazia o que queria.
Por muitas vezes eu me desencontrei de mim mesma, e ai eu achava que ali me pertecia, mas depois eu ia que na verdade eu que nao pertencia ali.
E ai eu continuo sendo isso tudo, mas mais decidida, embora eu nao consiga nem escolher o sabor do sorvete que eu quero. As coisas mais dificeis pra mim agora são as decisões mais faceis de serem tomadas, e dificilmente eu me desarmo delas...Aprendi!
Postado por Lari às 22:08 0 comentários
sexta-feira, 23 de janeiro de 2009
E ai, que haviam um milhão de coisas rodando e se batendo dentro da minha cabeça. No momento de tomar alguma decisão, de decidir o que se quer, eu só fechei meus olhos e as coisas começaram a acontecer. Nunca faça isso, nunca feche os olhos. A sucessão de coisas a seguir não foram nada agradaveis. Um simples fechar de olhos pôs tudo a perder, o inquebravel, intocado, quebrou, miou, definhou até deseparecer depois de muito sofrimento.
Algumas vezes de olhos abertos houveram decisões mau tomadas, e muita coisa machucada. Mas os olhos estavam abertos, certos de tudo que estava acontecendo, certos de cada passo. Até ai, eu podia voltar, reverter, recuperar qualquer que fosse o estrago. Mas de olhos fechados não. Com a cabeça louca por ladainhas e coisas que só se ve em folhetins com vilãs loucas e malvadas. Sempre se é o bem e o mau, só que nos resta escolher o que ser, isso que é fechar ou não os olhos. Experimentar os dois lados só serve pra voce aprender o que realmente vale a pena, e como dizem 'se conselho fosse bom, se vendia', eu posso dizer que ja aprendi, mas quanto as outras pessoas, só vivendo e errando pode saber o que serve pra voce.
Postado por Lari às 01:46 0 comentários
domingo, 18 de janeiro de 2009
"Não é normal, Alice, e isso... isso me assusta. Não é nem um pouco normal. Não é como se alguém tivesse... deixado ela, mas como se alguém tivesse morrido". A voz dele falhou.
Isso era como se alguém tivesse morrido- como se eu tivesse morrido. Porque isso foi mais do que apenas perder o mais verdadeiro dos amores, como se isso não fosse suficiente pra matar alguém. Mas também isso era perder um futuro inteiro, uma família inteira - toda a vida que eu havia escolhido.
[To simplesmente amando New Moon. Ta me dizendo muito, muito mesmo.]
Postado por Lari às 19:13 0 comentários
terça-feira, 13 de janeiro de 2009
Eu deixei o filme na Thriftway á caminho dos Newton, e então peguei as fotos já reveladas depois do trabalho.
Em casa, eu dei um breve oi pra Charlie, peguei uma barra de granola na cozinha, e subí correndo pro meu quarto com o envelope de fotos embaixo do braço.
Eu sentei no meio da minha cama e abri o envelope com cautelosa curiosidade. Ridiculamente, eu ainda esperava que as fotos saíssem manchadas.
Quando eu puxei a foto, eu suspirei alto. Edward estava tão lindo quanto era na vida real, olhando pra mim na foto com os olhos cálidos dos quais eu sentí tanta falta nos dias que se passaram. Era quase um mistério que ele fosse tao... tão... acima de qualquer descrição.
Nem um milhão de palavras poderia se igualar a aquela foto. Eu fui passando a pilhas de fotos rapidamente uma vez, e então separei três delas em cima da minha cama lado a lado.
A primeira era a foto de Edward na cozinha, seus olhos cálidos tocados por um breve ar divertido. A segunda era Edward e Charlie assistindo ESPN. A diferença na expressão de Edward era severa. Aqui seus olhos estavam cautelosos, reservados. Ainda lindo de tirar o fôlego, mas seu rosto estava mais frio, mais como uma escultura, menos vivo. A última foto era a de Edward e eu estranhamente lado a lado. O rosto de Edward estava como na última, frio e como o de uma
estátua. Mas essa não era a parte mais perturbadora dessa fotografia. O contraste entre nós dois era quase doloroso. Ele parecia um deus. Eu parecia muito comum, mesmo para uma humana, quase embaraçosamente normal. Eu coloquei a foto virada pra baixo, sentindo desgosto.
[...]
Com uma caneta eu fiz legendas embaixo das fotos, os nomes e as datas. E peguei a foto de Edward e eu, e, sem olhar muito pra ela, eu a dobrei no meio e a enfiei no aparador de metal, com o lado de Edward pra cima.
[...]
Tudo parecia exatamente igual ao que eu havia deixado. Eu pressionei o topo do Cd Player. O trinco se desprendeu, e a tampa foi se abrindo lentamente.
Estava vazio.
O album que Renée havia me dado estava no chão ao lado da cama, exatamente onde eu o havia colocado da última vez. Eu levantei a capa com uma mão tremendo.
Eu não tive que ir além da primeira página. O pequeno gancho de metal ja não prendia mais nenhuma foto. A página estava vazia, a não ser pela minha própria escrita rabiscada embaixo: Edward Cullen, Cozinha de Charlie, 13 de Setembro.
Eu parei aí. Eu tinha certeza de que ele havia sido bastante competente. 'Será como se eu nunca tivesse existido.'
Postado por Lari às 11:43 0 comentários
terça-feira, 6 de janeiro de 2009
Definitivo ,como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram.
Por que sofremos tanto por amor ?
O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê ?
Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos.
Por todos os beijos cancelados pela eternidade.
Sofremos não porque nosso trabalho é desgastante e paga pouco, mas por todas as horas livres que deixamos de ter para ir ao cinema, para conversar com um amigo, para nadar, para namorar.
Sofremos não porque nossa mãe é impaciente conosco, mas por todos os momentos em que poderíamos estar confidenciando a ela nossas mais profundas angústias se ela estivesse interessada em nos compreender.
Sofremos não porque nosso time perdeu, mas pela euforia sufocada.
Sofremos não porque envelhecemos, mas porque o futuro está sendo confiscado de nós, impedindo assim que mil aventuras nos aconteçam, todas aquelas com as quais sonhamos e nunca chegamos a experimentar .
Como aliviar a dor do que não foi vivido?
A resposta é simples como um verso:
Se iludindo menos e vivendo mais !!!
A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca,e que, esquivando–se do sofrimento, perdemos também a felicidade .
A dor é inevitável .
O sofrimento é opcional.
Carlos Drummond de Andrade
Postado por Lari às 10:58 2 comentários